Processo de Fabricação de Queijos
Apesar
de milenar, a fabricação de queijo vem se modificando e se adaptando aos
processos industriais de grande porte. Porém, entendemos que a atividade
artesanal ainda tem seu espaço, pois é apenas através dela que é possível
acompanhar de perto cada passo da produção, imprimindo personalidade a cada
tipo de queijo. Esse diferencial competitivo abre espaço dentro do mercado,
atendendo a necessidade dos consumidores ao buscarem novas experiências de consumo.
Quem
sabe, não seja a oportunidade de pensar neste negócio e, se for este o caso,
lhe daremos algumas ferramentas e informações que lhe ajudarão a decifrar este
apaixonante negócio agro - alimentar.
PROCESSO
e FABRICAÇÃO DE QUEIJOS (Abordagem Genérica*)
·
Recepção: Tarefa na qual
o leite é higienizado com o fim de eliminar suas impurezas provenientes do
tambor. Esta operação se realiza com um tanque em aço inox, equipado com
coadores super finos;
·
Homogeneização
do leite: pode ser feita a homogeneização se a intenção é que se
tenham parâmetros específicos de gordura. Para isso, se utilizam desnatadores
que, por ação de centrifuga, separam a gordura láctea. No caso da não
realização deste tratamento de homogeneização, o queijo pode ser fabricado com
leite integral;
·
Armazenamento: Posteriormente,
se o leite não for submetido ao processo de fabricação de queijo no ato,
deve-se esfriá-lo a -3/-4° graus, pois esta é a temperatura ideal tanto para
conservação quanto para transporte;
·
Pasteurização
(Tratamento térmico do leite): Antes de iniciar a fabricação de
queijo, seja com leite recém ordenhado, refrigerado ou armazenado, o leite deve
ser submetido a um processo térmico a 72-80° graus durante 20-40 segundos (esse
processo se chama pasteurização). Realizado com equipamentos de pasteurização
com controle de temperatura, seu objetivo é eliminar micróbios patogênicos do
leite. Quando esse processo não é aplicado dizemos que o queijo foi fabricado
com leite cru. O Queijo fabricado com leite cru, é muito saboroso, e pode ser
consumido sem nenhum problema, respeitando sempre sua maturação mínima de mais
de 60 dias á uma temperatura de 5°, salvo se o leite procede de tambores
higienizados e com boas práticas de produção;
·
Tanqueado: Preenchimento
do Tanque e incorporação de fermentos.Uma vez que o leite foi tratado
termicamente, o “cru” deve ser colocado em um tanque ou cuba para que possa ser
submetido a processo de esquentamento á temperatura de 25-30° graus, onde será
incorporado o cultivo de bactérias lácteas e fermentadas, molhos cuja missão é
fazer crescer, dar aromas e sabores, que serão desenvolvidos em um próximo
processo (maturação);
·
Coagulação
do Leite: Na seqüência, se inclui o coalho em porções indicadas pelo
fabricante e dependendo do tipo de queijo a ser fabricado. Neste momento é
quando de fato o leite passa a transformar-se em queijo, tendo em vista que a
caseína (importante proteína do leite) é coagulada a uns 30-32° graus, as fórmulas
para a fabricação conforme o queijo vão entre 30-35° graus. Outra técnica de coagulação é mediante a
acidificação do leite, nesta se deixa o leite em temperatura ambiente e sua
acidez vai subindo até que passa a adquirir um aspecto de coagulado ou de
“leite coalhado”. Este sistema é utilizado na fabricação de vários tipos de
queijos;
·
Corte
da massa coalhada: Quando a coagulação estiver terminada a massa ou pasta
coalhada deve ser cortada mediante facas ou liras, o objetivo de cortar a massa
é conseguir blocos/grãos quadrados de maior ou menor tamanho, dependendo do
soro que se deseja reter, normalmente um queijo mais úmido (queijos frescos)
estão formados por blocos/grãos maiores. É nessa fase que se extrai o soro que
sobra (soro e a parte líquida do leite que não foi aproveitada na fabricação do
queijo) o qual, dentre outras aplicações, se usa para fabricar ricota;
·
Esquentamento da Coalhada: A massa ou pasta
coalhada, uma vez que tenha sido cortada deve ser levada ao forno entre 30-40°
graus, enquanto é agitada para que os blocos/grãos permaneçam separados e não
se unam novamente. Quanto mais quente ficarem os blocos/grãos de massa, mais
seco será o resultado devido ao maior desprendimento de soro. Em função da
temperatura a que foram submetidas à massa/ pasta, denominamos: pasta/massa
macia, pasta/massa semi-cozida;
·
A
Prensagem do Queijo: Finalizado o esquentamento, procedemos com o preenchimento
dos moldes que darão forma e tamanho ao queijo. Os moldes podem ser submetidos
a uma prensa. Esta pressão produz uma eliminação de soro e permite com que o
queijo adote formas mais acentuadas. Assim falamos de queijos de pasta/massa
prensado e de queijos de massa/pasta não prensado;
·
Selagem
do Queijo: Uma vez que o queijo foi prensado, passamos para a fase de
selagem. Esta pode ser feita a seco, diretamente sobre a massa ou por imersão
em água, com sal ou salmoura;
·
A
Maturação do queijo: A maturação é a última fase da fabricação. Pode
durar desde algumas horas, até vários meses, variando conforme o tipo de queijo
que se deseja obter. Neste processo de maturação se desenvolvem uma grande
quantidade de aromas e sabores. A Maturação se leva a cabo em zonas
especialmente condicionadas, onde a temperatura e a umidade são adequadas para
cada tipo de queijo, o que implica adaptar instalações, com clima controlado,
mesmo em regiões que possuem condições naturais de temperatura e umidade, o que
dão uma condição especial a seus queijos;
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